Onde vamos parar?
Como estou sem TV no apartamento aqui em Florianópolis, fico me atualizando somente pelo que vejo na WEB. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim, mas hoje fiquei impressionado com alguns fatos noticiados.
Quando vi no G1 um seqüestro que já dura 3 dias meu primeiro pensamento foi: Caramba, deve ser seqüestro das FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas).
Não! Foi o Lindemberg Alves, um cara com a minha idade (22), que está armado e mantendo refém a ex-namorada, Eloá, de 15 anos, em Santo André (SP). Como? 15 anos? Eu li isso direito? E o seqüestro começou na segunda-feira, 13!
Pra completar o absurdo total da questão, a Globo exibiu ontem e hoje uma entrevista com o ‘sequestrador’. Como assim entrevista com o sequestrador? Quem foi a mente “brilhante” que pensou em colocar no ar o Lindemberg?
Ninguém na Redação da Globo em São Paulo pensou que isso poderia interferir nas negociações, deixar o seqüestrador auto-confiante, prolongar o seqüestro, ou até levar o cara ao desespero final e matar a menina?
A entrevista foi de uma irresponsabilidade absurda. Irresponsabilidade com o fato, com a ética jornalística, com as vítimas e as famílias dos envolvidos. O único compromentimento da Globo foi com a audiência e os retornos que isso pode trazer.
Foto: Folha
É como se a emissora dissesse pra menina de 15 anos: “Olha nós não estamos nem um pouco preocupados com a sua integridade física. Agora você é um fato! E se você morrer, daqui há um ano nós faremos uma reportagem especial lembrando o caso!”.
A cobertura do caso ainda usou de proposições pejorativas, ressaltando que o Lindemberg não é paulista e sim paraibano, num claro preconceito com os imigrantes nordestinos. Isso é realmente relevante pra entender o fato?
Não quero aqui dar uma de Observatório da Imprensa (deixo isso pro Alberto Dines e pra minha amiga Becca), até porque não tenho bagagem intelectual nem pessoal pra isso. Quero só afirmar a posição de um profissional de jornalismo frente à uma cobertura mal feita e, na minha concepção, irresponsável.
Como estou sem TV no apartamento aqui em Florianópolis, fico me atualizando somente pelo que vejo na WEB. Não sei até que ponto isso é bom ou ruim, mas hoje fiquei impressionado com alguns fatos noticiados.
Quando vi no G1 um seqüestro que já dura 3 dias meu primeiro pensamento foi: Caramba, deve ser seqüestro das FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas).
Não! Foi o Lindemberg Alves, um cara com a minha idade (22), que está armado e mantendo refém a ex-namorada, Eloá, de 15 anos, em Santo André (SP). Como? 15 anos? Eu li isso direito? E o seqüestro começou na segunda-feira, 13!
Pra completar o absurdo total da questão, a Globo exibiu ontem e hoje uma entrevista com o ‘sequestrador’. Como assim entrevista com o sequestrador? Quem foi a mente “brilhante” que pensou em colocar no ar o Lindemberg?
Ninguém na Redação da Globo em São Paulo pensou que isso poderia interferir nas negociações, deixar o seqüestrador auto-confiante, prolongar o seqüestro, ou até levar o cara ao desespero final e matar a menina?
A entrevista foi de uma irresponsabilidade absurda. Irresponsabilidade com o fato, com a ética jornalística, com as vítimas e as famílias dos envolvidos. O único compromentimento da Globo foi com a audiência e os retornos que isso pode trazer.
Foto: Folha
É como se a emissora dissesse pra menina de 15 anos: “Olha nós não estamos nem um pouco preocupados com a sua integridade física. Agora você é um fato! E se você morrer, daqui há um ano nós faremos uma reportagem especial lembrando o caso!”.
A cobertura do caso ainda usou de proposições pejorativas, ressaltando que o Lindemberg não é paulista e sim paraibano, num claro preconceito com os imigrantes nordestinos. Isso é realmente relevante pra entender o fato?
Não quero aqui dar uma de Observatório da Imprensa (deixo isso pro Alberto Dines e pra minha amiga Becca), até porque não tenho bagagem intelectual nem pessoal pra isso. Quero só afirmar a posição de um profissional de jornalismo frente à uma cobertura mal feita e, na minha concepção, irresponsável.
Do Blog do Ben
Um comentário:
E você não viu nada, na tarde de terça feira a Rede TV entrou ao vivo com o sequestrador ao telefone, a Rede Record fez o mesmo, a única que até agora mencionou que não faria para não intereferir nas negociações foi a Bandeirantes, mas nas outras o sequestrador já é STAR! Cada vez que ele faz acordo com polícia para se entregar e uma emissora dá espaço para ele aparecer, ele desiste. Até eu!
Mudando de assunto, que vergonha que o PT promoveu em São Paulo e Porto Alegre!
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