Universidade: o Partido Universal do Reino de Marx
21/11/2008
O proselitismo ideológico é muito maior dentro da universidade pública. Faço o curso de ciências sociais e, fazendo licenciatura, fico habilitado a dar aulas de geografia, história etc. Em uma aula de didática, a professora fez várias críticas a essas reportagens da VEJA, dizendo que não existe possibilidade de um professor ser imparcial na hora de expor sua matéria e que VEJA é neoliberal. Usei Max Weber para responder: “É claro que um professor tem suas paixões e preferências, mas deve buscar a OBJETIVIDADE”. E o engraçado é que essa professora é do PT. Certa vez, comentando projetos sociais do partido, ela disse a um estudante: “O PT tem umas sacadas diferenciadas!” Eu disse: “Sacadas de dinheiro, só se forem!”
Essa mesma professora queria explicar a crise da escola pública paulista, dizendo que a culpa é do PSDB, lembre-se que ela é do PT, e do NEOLIBERALISMO, o ser abstrato preferido dos ideopatas — que, segundo um professor, não é conceito e sim xingamento! Ela disse que a meritocracia e as idéias liberais estão arruinando a escola pública. Estava munida de um ranking que informava os países que tinham as melhores escolas. Canadá e Austrália estavam nas primeiras posições, e o Chile era o país latino mais bem-colocado. Eu a questionei: “Mas os países que a professora usa como exemplo são liberais, como a culpa é do liberalismo?”
Complementei: “Se lermos Faoro, Edson Nunes, veremos que os preceitos liberais não existem nas relações das universidades públicas e do Estado brasileiro; o que temos não é meritocracia, e sim clientelismo e patrimonialismo. O problema da universidade pública é justamente a falta de meritocracia e de princípios liberais. E, no caso da escola pública, devem ser levadas em conta as particularidades sociais de cada escola e a influência da revolução tecnológica, que desmantelou as pernas das instituições, colocando-as à prova, tanto a família como o Estado e a escola. Não podemos reduzir questões complexas a mero jogo ideológico, pois estes limitam nossa visão.”
Essa professora não enxerga essas questões porque dá uma aula enviesada, seu estudo é enviesado. E, como ela é do PT, o negócio é atacar o PSDB e o tal do neoliberalismo. A universidade vira igreja – é o Partido Universal do reino de Marx com seus bispos vermelhos! O marxismo perdeu muito espaço dentro da universidade, ainda bem! Mas ainda tem gente desse tipo lá, que dá aula pregando revolução, defendendo as FARC e o MST. Terrível!
A maioria dos alunos vem de escolas particulares, dopados pela heresia intelectual marxista, entra nas universidades públicas negando-se a estudar, andando feitos hippies e pregando revolução — como a dose de heresia é maior nas universidades, acabam sofrendo de overdose ideológica. Depois que saem das universidades, esses indivíduos seguem para os jornais, sindicatos e escolas e tocam o ciclo da evangelização intelectual adiante. É um ciclo vicioso e venenoso.
A princípio, serei professor de história e de geografia, e desse mal estou curado, nunca fui de seguir consenso. Acredito que educar não é incutir uma idéia na cabeça do aluno, mas colocá-lo a par de todas as vertentes de forma científica e não política. Até porque escola não é sindicato ou laboratório ideológico; escola é espaço de ensino democrático. E os alunos são cidadãos e não cobaias!
Blog do Reinaldo Azevedo. Do leitor André Henrique - 20 de novembro de 2008
O proselitismo ideológico é muito maior dentro da universidade pública. Faço o curso de ciências sociais e, fazendo licenciatura, fico habilitado a dar aulas de geografia, história etc. Em uma aula de didática, a professora fez várias críticas a essas reportagens da VEJA, dizendo que não existe possibilidade de um professor ser imparcial na hora de expor sua matéria e que VEJA é neoliberal. Usei Max Weber para responder: “É claro que um professor tem suas paixões e preferências, mas deve buscar a OBJETIVIDADE”. E o engraçado é que essa professora é do PT. Certa vez, comentando projetos sociais do partido, ela disse a um estudante: “O PT tem umas sacadas diferenciadas!” Eu disse: “Sacadas de dinheiro, só se forem!”
Essa mesma professora queria explicar a crise da escola pública paulista, dizendo que a culpa é do PSDB, lembre-se que ela é do PT, e do NEOLIBERALISMO, o ser abstrato preferido dos ideopatas — que, segundo um professor, não é conceito e sim xingamento! Ela disse que a meritocracia e as idéias liberais estão arruinando a escola pública. Estava munida de um ranking que informava os países que tinham as melhores escolas. Canadá e Austrália estavam nas primeiras posições, e o Chile era o país latino mais bem-colocado. Eu a questionei: “Mas os países que a professora usa como exemplo são liberais, como a culpa é do liberalismo?”
Complementei: “Se lermos Faoro, Edson Nunes, veremos que os preceitos liberais não existem nas relações das universidades públicas e do Estado brasileiro; o que temos não é meritocracia, e sim clientelismo e patrimonialismo. O problema da universidade pública é justamente a falta de meritocracia e de princípios liberais. E, no caso da escola pública, devem ser levadas em conta as particularidades sociais de cada escola e a influência da revolução tecnológica, que desmantelou as pernas das instituições, colocando-as à prova, tanto a família como o Estado e a escola. Não podemos reduzir questões complexas a mero jogo ideológico, pois estes limitam nossa visão.”
Essa professora não enxerga essas questões porque dá uma aula enviesada, seu estudo é enviesado. E, como ela é do PT, o negócio é atacar o PSDB e o tal do neoliberalismo. A universidade vira igreja – é o Partido Universal do reino de Marx com seus bispos vermelhos! O marxismo perdeu muito espaço dentro da universidade, ainda bem! Mas ainda tem gente desse tipo lá, que dá aula pregando revolução, defendendo as FARC e o MST. Terrível!
A maioria dos alunos vem de escolas particulares, dopados pela heresia intelectual marxista, entra nas universidades públicas negando-se a estudar, andando feitos hippies e pregando revolução — como a dose de heresia é maior nas universidades, acabam sofrendo de overdose ideológica. Depois que saem das universidades, esses indivíduos seguem para os jornais, sindicatos e escolas e tocam o ciclo da evangelização intelectual adiante. É um ciclo vicioso e venenoso.
A princípio, serei professor de história e de geografia, e desse mal estou curado, nunca fui de seguir consenso. Acredito que educar não é incutir uma idéia na cabeça do aluno, mas colocá-lo a par de todas as vertentes de forma científica e não política. Até porque escola não é sindicato ou laboratório ideológico; escola é espaço de ensino democrático. E os alunos são cidadãos e não cobaias!
Blog do Reinaldo Azevedo. Do leitor André Henrique - 20 de novembro de 2008
Um comentário:
Infelizmente são poucos os alunos que pensam assim, alías, são poucos os estudantes que aprendem o fundamental, que é pensar.
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